Quando engravidei, tinha como certo que a pediatra do meu filho seria a Dra. Marina, uma grande e querida amiga minha, e por isso não tive que me preocupar em sair buscando o pediatra perfeito. Sabia que Marina seria exatamente aquilo de que eu precisava, e de fato assim foi.
Mas o que tanto eu precisava e procurava naquela que seria a médica do meu filho?
Bem, eu procurava alguém que, além de cuidar da saúde do meu filho, me ajudasse a aprender e a encarar a maternidade da melhor forma, “facilitasse” a minha vida ao invés de complicá-la, me orientasse quando eu me sentisse perdida, me acolhesse quando eu estivesse insegura e me tranquilizasse sempre que algo fosse novo para mim, mãe de primeira viagem.
A pediatra do meu filho precisava se encaixar no tipo de mãe que eu sabia que viria a ser. Embora a mulher, após ser mãe, muitas vezes descubra não ser o tipo de mãe que “desenhou”, ela se conhece e, por aí, consegue intuir se vai ser mais complicada ou mais “desencanada”.
Eu tinha certeza de que seria a mãe desencanada e sabia que, se a pediatra do meu filho fosse cheia de “não pode isso, não pode aquilo”, eu rapidamente me cansaria dela e a substituiria, mas com Marina isso não tinha como acontecer, porque eu a conhecia não só como pediatra, mas também como mãe. Ela sem dúvida era uma inspiração para mim.
Até então, devido à facilidade que tive, encontrar um pediatra era, na minha cabeça, tarefa fácil. Mal sabia eu que, infelizmente, o meu caso era raro. Muitas mães sofrem bastante porque não conseguem ou não sabem como encontrar o pediatra ideal para ter por perto no começo da aventura mais emocionante das suas vidas.
Por esse motivo, resolvi fazer uma lista com 5 dicas para facilitar um pouco a vida das mães na hora de escolher o pediatra;
1 – Tente procurar sempre um pediatra através da indicação das suas amigas e/ou familiares. Isso vai facilitar a sua busca.
2 – Na primeira consulta, principalmente, não sinta vergonha de perguntar e tirar todas as dúvidas que sentir necessidade. Se quiser e puder, marque essa primeira consulta um pouco antes do nascimento do seu bebê.
3 – Observe o jeito com que seu pediatra a atende. Um pediatra que prontamente dá ao paciente o seu número de celular, por exemplo, mostra-se mais atencioso e disposto a estar presente de boa vontade, quando necessário.
4 – Gestos de carinho com você e com o seu filho são pontos a levar bastante em consideração.
5 – Uma consulta sem pressa, em que o profissional se mostre interessado em escutar e explique as coisas calmamente, observando se você entende tudo o que ele diz, também é um bom indicativo.
Confie no profissional que você escolheu para cuidar do seu filho e nunca esqueça que ele muito provavelmente também tem família para cuidar, problemas pessoais para solucionar e direito de errar, assim como você.
Médico não é nem Deus nem super-herói. É ser humano igual à gente.
Não está satisfeita com o pediatra que escolheu para o seu filho? Não sente segurança nas suas palavras nem gosta do jeito que ele lhe atende? Então mude!
Mude quantas vezes for necessário. Uma hora você vai acertar.
Se começar a ver que está a mudar demais, então pare e se pergunte:
Será que o problema não está em você?
PS – Tão importante quanto escolher o enxoval do seu filho, é a escolha do pediatra, por isso não deixe para fazer essa escolha depois do nascimento do bebê.
Se puder durante a gestação já inicia a busca.
Querido pediatra,
Coloque-se sempre no lugar da mãe do seu paciente.
Entenda e lembre-se sempre que, apesar de você saber que praticamente tudo o que ela está vivenciando é normal, para ela certamente não é, então mostre-se sempre interessado em seus “problemas” e angústias, por mais insignificantes que lhe pareçam. Ajude e saiba orientá-la para que ela aos poucos aprenda a confiar em si mesma. Tente sempre lhe mostrar que ela é a melhor mãe que consegue e isso já faz dela a melhor mãe do mundo.
Trate cada mãe com carinho e individualidade, pois ela é a chave para o seu paciente.
POR: Mirela Acioly (de mamãe para mamãe)